Onicomicose/Micose nas unhas
O que é Onicomicose e Como Prevenir a Contaminação?
A onicomicose é uma infecção fúngica que afeta as unhas, tanto das mãos quanto dos pés. Esse problema, bastante comum, causa alterações no aspecto e na saúde das unhas, tornando-as espessas, descoloridas, frágeis e, em alguns casos, dolorosas.
Como acontece a contaminação?
A onicomicose é causada por fungos que se alimentam da queratina, uma proteína presente nas unhas. Os fungos que causam essa infecção prosperam em ambientes quentes e úmidos, como piscinas, chuveiros públicos e sapatos apertados. A contaminação pode ocorrer quando entrarmos em contato direto com superfícies contaminadas ou ao compartilharmos instrumentos sem a devida higienização. Algumas pessoas são mais suscetíveis a desenvolver onicomicose devido a certas condições de saúde ou fatores que enfraquecem o sistema imunológico ou alteram o ambiente das unhas. Unhas pós traumas podem sofrer descolamentos e começar a acumular umidade entre a unha e a pele descolada podendo ser contaminada por fungo e bactéria.
Grupos de risco mais vulneráveis ao desenvolvimento de onicomicose:
1. Pessoas com Diabetes
Os diabéticos têm maior probabilidade de desenvolver fungos nas unhas (onicomicose) por vários motivos, principalmente relacionados à circulação, imunidade e ao ambiente propício ao crescimento de fungos. Aqui estão as principais razões:
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Má circulação sanguínea – O diabetes pode afetar a circulação, especialmente nas extremidades (como pés e mãos), reduzindo a chegada de células de defesa e nutrientes essenciais para combater infecções fúngicas.
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Sistema imunológico enfraquecido – O diabetes pode comprometer a resposta imunológica do corpo, dificultando o combate a infecções, incluindo as causadas por fungos.
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Altos níveis de açúcar no sangue – O excesso de glicose no sangue pode favorecer o crescimento de fungos, pois eles se alimentam desse açúcar. Além disso, o suor e a umidade em ambientes fechados, como sapatos, criam um ambiente ideal para a proliferação fúngica.
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Danos nos nervos (neuropatia diabética) – Muitos diabéticos sofrem com neuropatia, que reduz a sensibilidade nos pés. Isso pode fazer com que pequenos machucados ou infecções passem despercebidos, permitindo que a micose se desenvolva sem tratamento precoce.
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Dificuldade na cicatrização – O diabetes pode retardar a cicatrização de feridas e infecções, permitindo que as infecções fúngicas persistam e se agravem mais facilmente.
Por isso, diabéticos devem ter um cuidado especial com a saúde dos pés, mantendo as unhas bem cortadas, os pés secos e usando sapatos bem ventilados. Ao notar qualquer alteração nas unhas, é fundamental procurar um médico para evitar complicações.
2. Pacientes com doenças que afetam a circulação sanguínea
Como resultado, pessoas com problemas de circulação têm maior propensão a desenvolver onicomicose, pois a baixa circulação dificulta a entrega de células imunológicas e oxigênio aos tecidos.
3. Pessoas com sistema Imunológico enfraquecido
Principais fatores que enfraquecem o sistema imunológico e aumentam o risco de micose nas unhas:
- Doenças crônicas – Condições como diabetes, HIV/AIDS, lúpus e câncer podem comprometer as defesas do corpo, facilitando a infecção por fungos.
- Uso de imunossupressores – Medicamentos como corticosteroides, quimioterápicos e imunossupressores (usados em transplantes e doenças autoimunes) reduzem a resposta imunológica, tornando a pessoa mais vulnerável.
- Idade avançada – O envelhecimento pode enfraquecer o sistema imune, tornando os idosos mais propensos a infecções fúngicas.
- Má nutrição – Deficiências nutricionais, como falta de ferro, zinco e vitaminas A, C e D, podem prejudicar a imunidade e enfraquecer unhas e pele.
- Estresse crônico e falta de sono – O estresse prolongado e a privação de sono podem reduzir a eficácia do sistema imunológico, dificultando o combate a infecções.
Por que a micose se aproveita disso?
- Os fungos se multiplicam mais facilmente quando o corpo não consegue combatê-los adequadamente.
- A infecção pode se tornar crônica e mais difícil de tratar, pois o organismo não responde bem ao tratamento.
- A recuperação é mais lenta, já que a unha cresce devagar e o sistema imune tem dificuldade em eliminar o fungo completamente.
Como Prevenir a Onicomicose?
A prevenção da onicomicose passa por adotar alguns cuidados diários para evitar a prevenção de fungos. Seguem algumas dicas importantes:
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Higiene dos pés e mãos: Lave bem os pés e as mãos diariamente, secando-os bem, especialmente entre os dedos, para evitar a criação de um ambiente propício ao desenvolvimento de fungos.
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Uso de Calçado Adequado: Evite sapatos apertados ou que não permitam a ventilação adequada dos pés. Prefira materiais que permitam a circulação de ar e troque as meias diariamente.
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Não andar descalço em locais públicos: Use sempre chinelos em vestiários, chuveiros públicos e piscinas para evitar o contato direto com superfícies contaminadas.
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Higienização e esterilização dos utensílios de manicure/pedicure: Certifique-se de que os instrumentos usados na manicure ou pedicure estejam devidamente esterilizados. Se preferir, leve os seus próprios instrumentos quando for ao salão, inclusive lixas e palitos.
- Evitar partilha de objetos pessoais: Não partilhe toalhas, meias, sapatos ou qualquer outro objeto de uso pessoal que possa transmitir fungos, nem mesmo com as pessoas de casa.
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Limpeza de onicomicose |
Tipos de tratamentos:
1. Tratamento com Laser
2. Aplicação de ácidos
O uso de ácido no tratamento da micose de unha (onicomicose) tem o objetivo de criar um ambiente desfavorável para o crescimento do fungo. Isso acontece porque os ácidos ajudam a fazer a renovação celular
- Tornar o ambiente mais ácido – Os fungos geralmente preferem ambientes mais neutros ou levemente alcalinos. Ao aumentar a acidez, o crescimento e a reprodução do fungo podem ser dificultados.
- Promover a descamação da unha – Alguns ácidos, como o ácido salicílico ou o ácido lático, têm propriedades queratolíticas, ou seja, ajudam a remover as camadas afetadas da unha, facilitando a penetração de antifúngicos.
- Eliminar micro-organismos – Certos ácidos têm ação antimicrobiana direta, ajudando a matar ou inibir os fungos causadores da infecção.
3. Ortoníquia (Correção de unhas encravadas)
Este tratamento é confortável e eficaz, permitindo que o paciente mantenha sua rotina normal.
4. Fototerapia
Esse método não é invasivo e, muitas vezes, utilizado em combinação com outros tratamentos.
5. Tratamentos com Produtos Tópicos
É importante seguir corretamente as orientações do podólogo para garantir a eficácia desses produtos.
6. Orientação Preventiva e Manutenção
No caso das mulheres precisa saber que não deve esmaltar durante o tratamento.
As unhas das mãos levam em média 6 meses para crescerem totalmente e a dos pés leva em média 1 ano, e isso não é regra pra todo mundo.